MTE marca reunião com direção da Cobra e Fenadados
: Luiz Queiroz
:: Convergência Digital :: 03/05/2007
O Secretário de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Antonio Medeiros, marcou para a próxima terça-feira (08/05), uma reunião com a direção do Banco do Brasil, da Cobra Tecnologia e da Fenadados. O objetivo do encontro será tentar
um acordo, que ponha fim às contratações irregularidades de trabalhadores na subsidária do BB.
A Cobra Tecnologia tem em torno de 300 funcionários contratados como PJs, o que fere a legislação trabalhista em vigor. A Fenadados tentou junto à direção da Cobra regularizar esta situação, mas não obteve uma resposta favorável. A entidade sindical, então, entrou
com uma representação junto ao Ministério do Trabalho, solicitando que o órgão faça a estatal cumprir a Lei.
Caso os diretores do BB e da Cobra se recusem a comparecer nesta reunião, o Ministério do Trabalho e Emprego deverá formalizar um processo contra o banco oficial, por descumprimento de normas trabalhistas e precarização das relações de trabalho.
A Fenadados em sua representação contra a direção do BB e da Cobra Tecnologia, chegou a solicitar que o MTE encaminhe um pedido ao Ministério da Fazenda, de afastamento do presidente do banco, Antonio Francisco de Lima Neto e dos vices-presidentes de
Tecnologia, Manoel Gimenez Ruy e de Finanças, Aldo Luiz Mendes.
Também formalizou pedido de afastamento para o presidente da Cobra, Jorge Wilson Luiz Alves e o diretor de Negócios, Eloir Cogliatti.
Mau exemplo
Mesmo que haja uma solução pacífica, a imagem da Cobra Tecnologia, mais uma vez, está comprometida. Duas importntes centrais sindicais consideram o episódio das contratações de PJs pela estatal, como um típico exemplo de burla à legislação trabalhista.
As centrais temem que essa situação possa se complicar ainda mais, caso seja mantida em vigor a emenda nº 3, aprovada pelo Congresso, que impede os fiscais de aplicarem multas contra empresas que contratam PJs. A emenda determina que somente a Justiça do Trabalho
pode estabelecer o vínculo empregatício, com fins de autuação da empresa.
"É o típico caso de desvio na legislação trabalhista. O patronato, que sempre impediu a regulamentação da nossa profissão, hoje tem contra ele a fiscalização quando utiliza o PJ, pelo fato de nossa categoria não ser diferenciada" , disse o presidente da Central Geral
dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto.
Segundo o sindicalista, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Empregados em Empresas de Processamento de Dados, do Estado de São Paulo (DINDPD-SP), a contratação de PJs na área de informática tem sido uma praxe
condenada pelas centrais sindicais. "Temos de fazer uma devassa dentro da Cobra, para acabarmos com esse tipo de contratação", frisou Neto.
"Na minha opinião é um exemplo claro, que reforça aquilo que estamos fazendo à favor do veto do presidente Lula à emenda número três", declarou ao Convergência Digital Artur Henrique da Silva Santos, presidente nacional da Central Única do Trabalhador (CUT).
Para Artur Henrique, o setor de informática tem se mostrado "bastante representativo" , das situações de precarização das relações de trabalho que as centrais vêm denunciando. "No setor
de tecnologia, informática e comunicação, como um todo, isso aparece de uma forma muito grande e clara", disse.
A batalha da Fenadados contra a Cobra Tecnologia, segundo o presidente da CUT, ajuda a reforçar o discurso das centrais sindicais no combate à emenda nº 3. "A legislação já estabelece o que é pessoa jurídica e o que é trabalhador com vínculo empregatício. O que nós precisamos ter é a garantia de que a lei será cumprida e os sindicatos poderão fazer o seu trabalho", afirmou.
Segundo Artur Henrique, a situação chegou a tal ponto, que os "exemplos negativos" vêm dos mais variados espaços econômicos. "Temos empresas estatai, empresas ligadas a governos
estaduais, prefeituras, além do setor privado. É uma tentativa de burla e fraude à legslação trabalhista que vem se alastrando nos últimos anos",destacou.
Para o presidente da CUT, a Fenadados deve usar de todos os meios possíveis, para fazer cumprir o que está estabelecido na lei. Mesmo que, para isso, o Governo Lula sofra uma representação junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
"Qualquer medida no sentido de proteger e garantir os direitos dos trabalhadores não pode ser considerada como radical. A Organização Internacional do Trabalho é um espaço onde os trabalhadores também têm representação, justamente para fazerem denúncias que digam
respeito ao não cumprimento de legislação vigente", concluiu Artur Henrique.
:: Convergência Digital :: 03/05/2007
O Secretário de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Antonio Medeiros, marcou para a próxima terça-feira (08/05), uma reunião com a direção do Banco do Brasil, da Cobra Tecnologia e da Fenadados. O objetivo do encontro será tentar
um acordo, que ponha fim às contratações irregularidades de trabalhadores na subsidária do BB.
A Cobra Tecnologia tem em torno de 300 funcionários contratados como PJs, o que fere a legislação trabalhista em vigor. A Fenadados tentou junto à direção da Cobra regularizar esta situação, mas não obteve uma resposta favorável. A entidade sindical, então, entrou
com uma representação junto ao Ministério do Trabalho, solicitando que o órgão faça a estatal cumprir a Lei.
Caso os diretores do BB e da Cobra se recusem a comparecer nesta reunião, o Ministério do Trabalho e Emprego deverá formalizar um processo contra o banco oficial, por descumprimento de normas trabalhistas e precarização das relações de trabalho.
A Fenadados em sua representação contra a direção do BB e da Cobra Tecnologia, chegou a solicitar que o MTE encaminhe um pedido ao Ministério da Fazenda, de afastamento do presidente do banco, Antonio Francisco de Lima Neto e dos vices-presidentes de
Tecnologia, Manoel Gimenez Ruy e de Finanças, Aldo Luiz Mendes.
Também formalizou pedido de afastamento para o presidente da Cobra, Jorge Wilson Luiz Alves e o diretor de Negócios, Eloir Cogliatti.
Mau exemplo
Mesmo que haja uma solução pacífica, a imagem da Cobra Tecnologia, mais uma vez, está comprometida. Duas importntes centrais sindicais consideram o episódio das contratações de PJs pela estatal, como um típico exemplo de burla à legislação trabalhista.
As centrais temem que essa situação possa se complicar ainda mais, caso seja mantida em vigor a emenda nº 3, aprovada pelo Congresso, que impede os fiscais de aplicarem multas contra empresas que contratam PJs. A emenda determina que somente a Justiça do Trabalho
pode estabelecer o vínculo empregatício, com fins de autuação da empresa.
"É o típico caso de desvio na legislação trabalhista. O patronato, que sempre impediu a regulamentação da nossa profissão, hoje tem contra ele a fiscalização quando utiliza o PJ, pelo fato de nossa categoria não ser diferenciada" , disse o presidente da Central Geral
dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto.
Segundo o sindicalista, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Empregados em Empresas de Processamento de Dados, do Estado de São Paulo (DINDPD-SP), a contratação de PJs na área de informática tem sido uma praxe
condenada pelas centrais sindicais. "Temos de fazer uma devassa dentro da Cobra, para acabarmos com esse tipo de contratação", frisou Neto.
"Na minha opinião é um exemplo claro, que reforça aquilo que estamos fazendo à favor do veto do presidente Lula à emenda número três", declarou ao Convergência Digital Artur Henrique da Silva Santos, presidente nacional da Central Única do Trabalhador (CUT).
Para Artur Henrique, o setor de informática tem se mostrado "bastante representativo" , das situações de precarização das relações de trabalho que as centrais vêm denunciando. "No setor
de tecnologia, informática e comunicação, como um todo, isso aparece de uma forma muito grande e clara", disse.
A batalha da Fenadados contra a Cobra Tecnologia, segundo o presidente da CUT, ajuda a reforçar o discurso das centrais sindicais no combate à emenda nº 3. "A legislação já estabelece o que é pessoa jurídica e o que é trabalhador com vínculo empregatício. O que nós precisamos ter é a garantia de que a lei será cumprida e os sindicatos poderão fazer o seu trabalho", afirmou.
Segundo Artur Henrique, a situação chegou a tal ponto, que os "exemplos negativos" vêm dos mais variados espaços econômicos. "Temos empresas estatai, empresas ligadas a governos
estaduais, prefeituras, além do setor privado. É uma tentativa de burla e fraude à legslação trabalhista que vem se alastrando nos últimos anos",destacou.
Para o presidente da CUT, a Fenadados deve usar de todos os meios possíveis, para fazer cumprir o que está estabelecido na lei. Mesmo que, para isso, o Governo Lula sofra uma representação junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
"Qualquer medida no sentido de proteger e garantir os direitos dos trabalhadores não pode ser considerada como radical. A Organização Internacional do Trabalho é um espaço onde os trabalhadores também têm representação, justamente para fazerem denúncias que digam
respeito ao não cumprimento de legislação vigente", concluiu Artur Henrique.
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Parabéns pelo blog, suas colocações sobre o sistema bancário estão muito bem colocadas...bjus Carol
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