BANCO DO BRASIL VENDE AÇÕES E DÁ LIQUIDEZ
20/07/2007 12:54h
BANCO DO BRASIL VENDE AÇÕES E DÁ LIQUIDEZ
A Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e o BNDESPar fazem oferta para elevar o volume de ações do Banco do Brasil na Bolsa de Valores. Esses dois principais acionistas do Banco do Brasil vão fazer uma nova oferta pública dos papéis do BB que pode chegar a R$ 3,7 bilhões.
O gerente de relações com o investidor do Bando do Brasil, Marco Geovanne, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira, dia 20, que essa nova oferta pública de ações vai gerar uma liquidez maior para os acionistas do Banco do Brasil (clique aqui para ouvir o áudio).
“Sem dúvida alguma melhora a liquidez do Banco do Brasil. Só para você ter uma idéia, no ano passado, nós fizemos uma oferta semelhante em termos de valores e o banco saiu da 35ª posição na Bovespa para a 16ª posição. A gente espera que com essa oferta a gente consiga colocar o Banco do Brasil, no mínimo, entre as dez mais negociadas”, disse Geovanne.
Segundo Marco Geovanne, o objetivo dessa nova oferta pública é cumprir o compromisso de atingir o free float de 25%.
“A estratégia é permitir com que o banco atinja o chamado free float, ou seja aquelas ações disponíveis livremente para negociação no mercado, excluído o bloco de controle, em 25%. É um compromisso que o banco assumiu ao aderir ao novo mercado na Bolsa de Valores de São Paulo”, disse Geovanne.
Hoje, o free float do Banco do Brasil é de 15%. O compromisso do banco é de atingir o mínimo de 25% até junho de 2009.
Geovanne explicou que essa nova oferta pública de ações o bloco de controle do BB do Banco do Brasil não muda.
Leia a íntegra da entrevista com Marco Geovanne:
Paulo Henrique Amorim – A Previ e o BNDES fazem oferta pra elevar o volume de ações do Banco do Brasil na Bolsa. O Banco do Brasil se prepara também para no futuro ter suas ações listadas na Bolsa de Nova York. Esses dois principais acionistas do Banco do Brasil, que poderá chegar a R$ 3,7 bilhões. Eu acabei de ler um trecho do jornal Valor Econômico, na seção Finanças. Para entender o que está por trás dessa estratégia do Banco do Brasil, da Previ e do BNDES eu vou conversar com Marco Geovanne, que é gerente de Relações com Investidores do Banco do Brasil. Como vai, Marco, tudo bem?
Marco Geovanne – Tudo bem, Paulo. Bom dia a todos.
Paulo Henrique Amorim – Bom dia. O que está por trás disso? Qual é a idéia? Qual é a estratégia, Marco?
Marco Geovanne – A estratégia, na realidade, Paulo, é permitir com que o banco atinja o chamado free float, ou seja, aquelas ações disponíveis livremente pra negociação no mercado, excluído o bloco de controle, em 25%, que é um compromisso que o banco assumiu ao aderir ao Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo.
Paulo Henrique Amorim – Então, esse é um compromisso inevitável diante do fato de que o Banco do Brasil entrou para o Novo Mercado.
Marco Geovanne – Sim. Hoje o free float é de 15% e o Banco do Brasil em que atingir o limite de 25%, um mínimo de 25% até junho de 2009. E a proposta dessa oferta pode chegar até no máximo de 5% do capital. Isso significaria que o free float do banco poderia subir para 20%, faltando ainda uma segunda parte de 5% até junho de 2009.
Paulo Henrique Amorim – Perfeito. Isso não compromete o controle do banco?
Marco Geovanne – Não. Em hipótese alguma...
Paulo Henrique Amorim – Isso é fora do bloco de controle?
Marco Geovanne – É, na realidade, os acionistas majoritários, que pertencem ao bloco de controle, vão reduzir um pouco a sua participação. A Previ, que é o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, ele detém 11,44% do capital total, então, ele tem espaço para reduzir um pouco, o BNDESPar tem 5% e o Tesouro Nacional tem 68%. Então, o bloco de controle continuará tendo uma parcela significativa das ações.
Paulo Henrique Amorim – Para o acionista do Banco do Brasil, qual a vantagem disso
Marco Geovanne – Sem dúvida alguma melhora a liquidez do Banco do Brasil. Só pra você ter uma idéia, no ano passado nós fizemos uma oferta semelhante, em termos de valor, o banco saiu da 35ª posição na Bovespa para a 16ª posição. Então, a gente espera que com essa oferta a gente consiga colocar o Banco do Brasil no mínimo entre as dez mais negociadas.
Paulo Henrique Amorim – Tá certo. Então, como acionista, se fosse acionista, ganharia em liquidez a ação?
Marco Geovanne – Exatamente. É claro, isso acaba sendo transformado em valorização também.
Paulo Henrique Amorim – Tá certo. Para o banco, qual é a vantagem?
Marco Geovanne – Para o Banco do Brasil é um compromisso cada vez maior, de garantir transparência, de garantir prestações de contas, os compromissos de governança corporativa assumidos. Então, uma melhoria na governança você passa a ter...
Paulo Henrique Amorim – Compromissos que estão implícitos quando o banco entrou no Novo Mercado.
Marco Geovanne – Exatamente. Então, isso aumenta ainda mais a visibilidade da empresa perante investidores não só nacionais como também estrangeiros. E a cobrança por resultado, por melhores informações passa a ser maior ainda.
Paulo Henrique Amorim – Qual pode ser a vantagem para a Previ e pra BNDESPar?
Marco Geovanne – Bom, sem dúvida alguma eles têm a possibilidade de realizar um pouco o ganho que o papel já apresentou. A ação do Banco do Brasil foi a que mais subiu no setor bancos. Nos últimos 12 meses, nós subimos 102,96%, enquanto que a Bolsa valorizou uns 57%, 58% nos últimos 12 meses. Neste ano o banco foi o que mais subiu: foi 40,74% de alta contra média de 23% dos demais bancos.
Paulo Henrique Amorim – E vai continuar a subir?
Marco Geovanne – Hoje ela está caindo, pra falar a verdade. Porque a oferta é uma oferta grande, então, diariamente a gente negocia em torno de R$ 40 milhões/dia. Mas isso é um movimento de curto prazo. Os fundamentos da empresa são sólidos, o Banco do Brasil tem apresentado bom resultado. A gente acredita, sim, que o mercado de capitais como um todo tende a crescer nesse cenário de estabilização econômica, de redução de taxas de juros.
Paulo Henrique Amorim – E ontem o Banco Central contribuiu com uma nova redução de meio ponto percentual.
Marco Geovanne – Exatamente. Isso fortalece ainda mais as opções de investimento no mercado de capitais. A gente percebe a mudança no próprio comportamento dos clientes de bancos.
Paulo Henrique Amorim – Em benefício à renda variável, você diz?
Marco Geovanne – Exatamente, à renda variável. Os clientes têm buscado ampliar os investimentos em renda variável. Não é à toa que a Bovespa ontem bateu novamente um novo valor, superando os 58 mil pontos.
Paulo Henrique Amorim – Perfeito. Marco, muito obrigado pelos esclarecimentos.
Marco Geovanne – Eu que agradeço. Abraço.
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A Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e o BNDESPar fazem oferta para elevar o volume de ações do Banco do Brasil na Bolsa de Valores. Esses dois principais acionistas do Banco do Brasil vão fazer uma nova oferta pública dos papéis do BB que pode chegar a R$ 3,7 bilhões.
O gerente de relações com o investidor do Bando do Brasil, Marco Geovanne, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira, dia 20, que essa nova oferta pública de ações vai gerar uma liquidez maior para os acionistas do Banco do Brasil (clique aqui para ouvir o áudio).
“Sem dúvida alguma melhora a liquidez do Banco do Brasil. Só para você ter uma idéia, no ano passado, nós fizemos uma oferta semelhante em termos de valores e o banco saiu da 35ª posição na Bovespa para a 16ª posição. A gente espera que com essa oferta a gente consiga colocar o Banco do Brasil, no mínimo, entre as dez mais negociadas”, disse Geovanne.
Segundo Marco Geovanne, o objetivo dessa nova oferta pública é cumprir o compromisso de atingir o free float de 25%.
“A estratégia é permitir com que o banco atinja o chamado free float, ou seja aquelas ações disponíveis livremente para negociação no mercado, excluído o bloco de controle, em 25%. É um compromisso que o banco assumiu ao aderir ao novo mercado na Bolsa de Valores de São Paulo”, disse Geovanne.
Hoje, o free float do Banco do Brasil é de 15%. O compromisso do banco é de atingir o mínimo de 25% até junho de 2009.
Geovanne explicou que essa nova oferta pública de ações o bloco de controle do BB do Banco do Brasil não muda.
Leia a íntegra da entrevista com Marco Geovanne:
Paulo Henrique Amorim – A Previ e o BNDES fazem oferta pra elevar o volume de ações do Banco do Brasil na Bolsa. O Banco do Brasil se prepara também para no futuro ter suas ações listadas na Bolsa de Nova York. Esses dois principais acionistas do Banco do Brasil, que poderá chegar a R$ 3,7 bilhões. Eu acabei de ler um trecho do jornal Valor Econômico, na seção Finanças. Para entender o que está por trás dessa estratégia do Banco do Brasil, da Previ e do BNDES eu vou conversar com Marco Geovanne, que é gerente de Relações com Investidores do Banco do Brasil. Como vai, Marco, tudo bem?
Marco Geovanne – Tudo bem, Paulo. Bom dia a todos.
Paulo Henrique Amorim – Bom dia. O que está por trás disso? Qual é a idéia? Qual é a estratégia, Marco?
Marco Geovanne – A estratégia, na realidade, Paulo, é permitir com que o banco atinja o chamado free float, ou seja, aquelas ações disponíveis livremente pra negociação no mercado, excluído o bloco de controle, em 25%, que é um compromisso que o banco assumiu ao aderir ao Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo.
Paulo Henrique Amorim – Então, esse é um compromisso inevitável diante do fato de que o Banco do Brasil entrou para o Novo Mercado.
Marco Geovanne – Sim. Hoje o free float é de 15% e o Banco do Brasil em que atingir o limite de 25%, um mínimo de 25% até junho de 2009. E a proposta dessa oferta pode chegar até no máximo de 5% do capital. Isso significaria que o free float do banco poderia subir para 20%, faltando ainda uma segunda parte de 5% até junho de 2009.
Paulo Henrique Amorim – Perfeito. Isso não compromete o controle do banco?
Marco Geovanne – Não. Em hipótese alguma...
Paulo Henrique Amorim – Isso é fora do bloco de controle?
Marco Geovanne – É, na realidade, os acionistas majoritários, que pertencem ao bloco de controle, vão reduzir um pouco a sua participação. A Previ, que é o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, ele detém 11,44% do capital total, então, ele tem espaço para reduzir um pouco, o BNDESPar tem 5% e o Tesouro Nacional tem 68%. Então, o bloco de controle continuará tendo uma parcela significativa das ações.
Paulo Henrique Amorim – Para o acionista do Banco do Brasil, qual a vantagem disso
Marco Geovanne – Sem dúvida alguma melhora a liquidez do Banco do Brasil. Só pra você ter uma idéia, no ano passado nós fizemos uma oferta semelhante, em termos de valor, o banco saiu da 35ª posição na Bovespa para a 16ª posição. Então, a gente espera que com essa oferta a gente consiga colocar o Banco do Brasil no mínimo entre as dez mais negociadas.
Paulo Henrique Amorim – Tá certo. Então, como acionista, se fosse acionista, ganharia em liquidez a ação?
Marco Geovanne – Exatamente. É claro, isso acaba sendo transformado em valorização também.
Paulo Henrique Amorim – Tá certo. Para o banco, qual é a vantagem?
Marco Geovanne – Para o Banco do Brasil é um compromisso cada vez maior, de garantir transparência, de garantir prestações de contas, os compromissos de governança corporativa assumidos. Então, uma melhoria na governança você passa a ter...
Paulo Henrique Amorim – Compromissos que estão implícitos quando o banco entrou no Novo Mercado.
Marco Geovanne – Exatamente. Então, isso aumenta ainda mais a visibilidade da empresa perante investidores não só nacionais como também estrangeiros. E a cobrança por resultado, por melhores informações passa a ser maior ainda.
Paulo Henrique Amorim – Qual pode ser a vantagem para a Previ e pra BNDESPar?
Marco Geovanne – Bom, sem dúvida alguma eles têm a possibilidade de realizar um pouco o ganho que o papel já apresentou. A ação do Banco do Brasil foi a que mais subiu no setor bancos. Nos últimos 12 meses, nós subimos 102,96%, enquanto que a Bolsa valorizou uns 57%, 58% nos últimos 12 meses. Neste ano o banco foi o que mais subiu: foi 40,74% de alta contra média de 23% dos demais bancos.
Paulo Henrique Amorim – E vai continuar a subir?
Marco Geovanne – Hoje ela está caindo, pra falar a verdade. Porque a oferta é uma oferta grande, então, diariamente a gente negocia em torno de R$ 40 milhões/dia. Mas isso é um movimento de curto prazo. Os fundamentos da empresa são sólidos, o Banco do Brasil tem apresentado bom resultado. A gente acredita, sim, que o mercado de capitais como um todo tende a crescer nesse cenário de estabilização econômica, de redução de taxas de juros.
Paulo Henrique Amorim – E ontem o Banco Central contribuiu com uma nova redução de meio ponto percentual.
Marco Geovanne – Exatamente. Isso fortalece ainda mais as opções de investimento no mercado de capitais. A gente percebe a mudança no próprio comportamento dos clientes de bancos.
Paulo Henrique Amorim – Em benefício à renda variável, você diz?
Marco Geovanne – Exatamente, à renda variável. Os clientes têm buscado ampliar os investimentos em renda variável. Não é à toa que a Bovespa ontem bateu novamente um novo valor, superando os 58 mil pontos.
Paulo Henrique Amorim – Perfeito. Marco, muito obrigado pelos esclarecimentos.
Marco Geovanne – Eu que agradeço. Abraço.
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