ARTIGO: A festa de Cunha Lima e Lima Neto
Lucius Fabiani*
Até parecia festa de primos, o espetáculo montado na cerimônia que serviu de palco à assinatura do protocolo de intenções entre o governo da Paraíba e o Banco do Brasil para a implantação do "Projeto Nordeste Século XXI". A Paraíba foi o quarto Estado a firmar a parceria com o banco estatal.
Não sabemos por lá. Mas, aqui, o aparato para receber os protagonistas da solenidade realizada no Hotel Tambaú - o governador Cássio Cunha Lima e o presidente do BB, Antônio Francisco de Lima Neto - só prescindiu mesmo do tapete vermelho, para dar mais glamour ao mega-evento patrocinado pelo Banco do Brasil.
O cenário perfeito para a apresentação dos números sobre o desenvolvimento do Estado. Aliás, números fantásticos, mas totalmente dissociados da realidade vivida pelos paraibanos no seu dia-a-dia e alcançados apenas pela visão do governador e de seus seguidores.
Também grandiosa, a comitiva do Banco do Brasil, composta pelo presidente Lima Neto; os vice-presidentes Milton Luciano (Varejo e Distribuição), Maguito Vilela (Governo) e Luiz Oswaldo (Gestão de Pessoas); e o ex-superintendente na Paraíba e atual diretor Geraldo Dezena (Distribuição e Canais de Varejo). Uma super-equipe, que dá ênfase ao banco como propulsor do desenvolvimento econômico e social, propiciando à atual diretoria, principalmente ao Sr. Milton Luciano, camuflar a verdadeira intenção de tornar o BB cada vez mais igual ao Bradesco.
O marketing do BB encontrou ressonância nas palavras do governador, que afirmou em seu discurso: "Em 1997/1998, o Banco do Brasil era visto como o símbolo do desperdício e hoje está no caminho certo...". Ou seja, o discurso do ninho tucano (Cássio) em apoio às intenções de segmentos do PMDB (Lima Neto), de concretizar o sonho neoliberal de privatizar ou até mesmo extinguir os bancos públicos.
O pouco caso da alta cúpula do BB para com o funcionalismo não passou despercebido: nem na gafe cometida por Lima Neto, que agradeceu a presença de todos, mas quase esqueceu os funcionários; nem no sorriso amarelo e meio sem graça de Luiz Oswaldo, ante a frustração dos funcionários com a atual postura do ex-Garef (representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB). Só falta mesmo descontarem o dia de trabalho dos funcionários convocados.
Eventos dessa natureza não passam de estratégias de marketing, dentro de um governo democrático e popular, onde a diretoria do BB visa esconder sua verdadeira intenção: posa de defensora da função social do Banco, mas, na prática, de forma ardilosa, trabalha no sentido da privatização.
Nessa festa dos primos, o governador Cunha Lima, cassado já por duas vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral, aproveitou os holofotes e fez uma espécie de prestação de contas, em tom de despedida de uma Paraíba virtual, que só ele vê.
Lucius Fabiani é presidente da Fetec NE e do Sindicato dos Bancários da Paraíba
Até parecia festa de primos, o espetáculo montado na cerimônia que serviu de palco à assinatura do protocolo de intenções entre o governo da Paraíba e o Banco do Brasil para a implantação do "Projeto Nordeste Século XXI". A Paraíba foi o quarto Estado a firmar a parceria com o banco estatal.
Não sabemos por lá. Mas, aqui, o aparato para receber os protagonistas da solenidade realizada no Hotel Tambaú - o governador Cássio Cunha Lima e o presidente do BB, Antônio Francisco de Lima Neto - só prescindiu mesmo do tapete vermelho, para dar mais glamour ao mega-evento patrocinado pelo Banco do Brasil.
O cenário perfeito para a apresentação dos números sobre o desenvolvimento do Estado. Aliás, números fantásticos, mas totalmente dissociados da realidade vivida pelos paraibanos no seu dia-a-dia e alcançados apenas pela visão do governador e de seus seguidores.
Também grandiosa, a comitiva do Banco do Brasil, composta pelo presidente Lima Neto; os vice-presidentes Milton Luciano (Varejo e Distribuição), Maguito Vilela (Governo) e Luiz Oswaldo (Gestão de Pessoas); e o ex-superintendente na Paraíba e atual diretor Geraldo Dezena (Distribuição e Canais de Varejo). Uma super-equipe, que dá ênfase ao banco como propulsor do desenvolvimento econômico e social, propiciando à atual diretoria, principalmente ao Sr. Milton Luciano, camuflar a verdadeira intenção de tornar o BB cada vez mais igual ao Bradesco.
O marketing do BB encontrou ressonância nas palavras do governador, que afirmou em seu discurso: "Em 1997/1998, o Banco do Brasil era visto como o símbolo do desperdício e hoje está no caminho certo...". Ou seja, o discurso do ninho tucano (Cássio) em apoio às intenções de segmentos do PMDB (Lima Neto), de concretizar o sonho neoliberal de privatizar ou até mesmo extinguir os bancos públicos.
O pouco caso da alta cúpula do BB para com o funcionalismo não passou despercebido: nem na gafe cometida por Lima Neto, que agradeceu a presença de todos, mas quase esqueceu os funcionários; nem no sorriso amarelo e meio sem graça de Luiz Oswaldo, ante a frustração dos funcionários com a atual postura do ex-Garef (representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB). Só falta mesmo descontarem o dia de trabalho dos funcionários convocados.
Eventos dessa natureza não passam de estratégias de marketing, dentro de um governo democrático e popular, onde a diretoria do BB visa esconder sua verdadeira intenção: posa de defensora da função social do Banco, mas, na prática, de forma ardilosa, trabalha no sentido da privatização.
Nessa festa dos primos, o governador Cunha Lima, cassado já por duas vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral, aproveitou os holofotes e fez uma espécie de prestação de contas, em tom de despedida de uma Paraíba virtual, que só ele vê.
Lucius Fabiani é presidente da Fetec NE e do Sindicato dos Bancários da Paraíba
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