A Ctb quer se manter na CUT
A falta de coerência da CSC e o movimento de criação de sua central sindical (CTB) refletem além de mudança de rumos, mudança na relação de poder na CUT. Não é razoavel para quem cria uma central sindical, afirmar que isto é importante, mas não é importante a sua organização vertical da estrutura sindical brasileira e a distinta de sua CTB, a exemplo da CUT. Os ataques aos principios cutistas de liberdade, autonomia e organização do movimento pretendem ser a antitese da CTB para sua atuação e já demonstram sua falta de coerência. Acho que os companheiros majoritários da CTB, representados na corrente sindical classista, sempre serão campo da esquerda passível do arco de aliança, agora de centrais sindicais, com os cutistas. Mas isso quer dizer que eles construindo com a estrutura deles e nós com a nossa. Não é possível acreditar que os companheiros da CTB apostem na estruturação de sua central através da participação nas entidades da estrutrura cutista. Por que, sem em seu documento de criação ou em suas colunas aqui e aqui,, aqui e principalmente aqui neste artigo do altamiro borges, apresentam estas estruturas cutistas como antidemocraticas, autoritarias, chapa branca e corruptas, estas motivações os impedem que participem pois oposições ctbistas neste caso propoem-se a disputa do poder hegemonico destas entidades cutistas e portanto sua destruição enquanto estrutura vertical da cut. O que vale para o conlutas, está valendo para a ctb.
A melhor consideração sobre o caso foi publicada pela CONTRAF, artigo de wagner freitas, e que postei no diário.
A melhor consideração sobre o caso foi publicada pela CONTRAF, artigo de wagner freitas, e que postei no diário.
A DEMOCRACIA EMANA DA VONTADE DA BASE
ResponderExcluirMesmo não devendo valorizar críticas inconstrutivas, sem coerência lógica, textual e de idéias, resolvemos esclarecer, criticar e colaborar na nossa formação e na do caro “escritor” do BLOG DIÁRIO DO BANCÁRIO, “escreveu” o texto “A Ctb quer mamar na CUT”.
Antes de tudo, temos que parabenizar sua iniciativa por ter disponibilizado aludido trabalho na rede mundial. Todavia, há de se ressaltar que nesse local encontramos textos merecedores de credibilidade, por serem portadores de acúmulo de consistentes conhecimentos históricos, assim como produções inconstantes e de baixo nível intelectual .
Essa reflexão faz-se necessária por ter o autor da citada matéria tentado transmitir suas conclusões equivocadas e panfletárias acerca de textos que foram extraídos do PORTAL VERMELHO (justificando a CRIAÇÃO DA CTB), os quais foram escritos em alto nível, diferentemente do que alega o citado autor.
Precisamos deixar claro que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) foi e continua sendo uma Central Sindical importante para a classe trabalhadora no Brasil e no Mundo. Há de se falar, também, que aqueles que hoje constituem a CTB contribuíram, coletivamente, na construção da CUT, desde 1990. Contudo, deve-se aludir que a visão distinta de unicidade sindical x pluralismo sindical foi desde a fundação da CUT a grande divergência da CSC e da força majoritária que dirige a CUT, o que ajudou a consolidar a decisão da criação da Central CTB, após o 9º CONCUT, em 2006. Aliado a este contexto, somaram-se as atitudes políticas da força majoritária em sua intervenção na CUT Bahia e a puxada de tapete na tentativa de retirada do cargo da vice-presidência da CUT Nacional, como manobra de concentração de poder.
A bem da verdade, há de se falar, sobretudo, que a CTB e seus dirigentes não criaram essa Central para elegê-la inimiga da CUT. Na visão de construir a unidade da classe trabalhadora, os que formam a CTB vislumbram a organização do CONCLAT (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), a fim de debater a criação de uma mesa coordenadora permanente das centrais sindicais. Esta poderá ser a solução da luta de classe por um Brasil soberano, que avance nas conquistas sociais da classe trabalhadora.
Com essa visão, a Coordenação da CTB Bancária, por meio dos companheiros Clécio Morse - CE, Eduardo Navarro – BA/SP, Euclides (POPO) - BA e Carlos (CACO) - RJ, em reunião realizada na CUT Nacional, com os companheiros Vagner Freitas e Carlos Cordeiro, colocou sua posição de não criação de estruturas verticalizadas, solicitando a abertura de uma conversa política de quebra da organicidade da CONTRAF, das FETEC´s e FEEB´s à CUT e/ou a qualquer outra central sindical, pois, já que se tenta unificar a Campanha Salarial, é preciso pluralizar as direções dessas instancias da organização da classe trabalhadora.
A dinâmica da política é diferente da dinâmica de um pleito eleitoral sindical. Entretanto, os leigos da política querem, equivocadamente, trazer para o resultado imediato do conflito eleitoral as relações do mundo da política. Comparar, portanto, os militantes da CSC ou a política apontada por ela com a do Conlutas é, no mínimo -, para ser agradável ao acusador -, ser Apolítico, desconhecedor das máximas Marxistas, que devem nortear os militantes sindicais, pois são as teorias que apontam à máxima da lutas de classe. A CTB e a Corrente Sindical Classista têm essa visão do momento político diferente daquela defendida pelo Conlutas. A divergência entre aludidas entidades ocorre, principalmente, porque a CTB e CSC compreendem que não chegamos ao Poder e sim ao Governo, assim, as forças neoliberais não foram derrotas, apenas estão parcialmente inertes. Tal compreensão não é absorvida pelo Conlutas em face de sua forte atuação no setor do serviço público, que visa a recuperar suas perdas históricas de maneira imediata. Isso nos remonta à afirmativa anterior da desinformação do autor criticador ao confundir a dinâmica da política com a dinâmica de um pleito eleitoral sindical. Assim, reafirmamos a UNIDADE DA CLASSE TRABALHADORA em suas ações contra o inimigo comum: o grande capital financeiro.
Apesar da vontade expressa do autor no confuso texto A Ctb quer mamar na CUT de que os militantes da CSC e CTB não devem atuar politicamente dentro das organizações sindicais da CUT (Sindicatos, Federações e Confederações), seu desejo não garante a sua concretização, pois decisão dessa grandeza não se dá pela vontade de um nem de uns, pois as entidades sindicais não possuem donos. É isto que prevê a Lei e a boa prática sindical que se pauta pela democracia e pela transparência. Entretanto, diga-se que esses atributos por si só não são suficientes para radiografar as direções de todas as entidades sindicais – CTbistas ou Cutistas -, que precisam, além disso, ter permeabilidade política, administrativa e financeira.
Há de se compreender - em parte - a confusão textual e do campo das “idéias” do texto discutido. Estamos no momento em que tecnicamente podemos chamar de “freio de acomodação”. Temos, todavia, que aprender a conviver com o novo. Nós, CTbistas e Cutistas não devemos erroneamente achar que esse momento é eterno. A maior responsabilidade que se deve observar é a da obrigação coletiva de travar a luta do interesse dos bancários, a qual deve se pautar por ações práticas dessas entidades.
Por fim, afirmamos que o signatário deste texto, que compreende estar sindicalista, e, assim, detentor de mandato sindical, está aberto a réplicas e tréplicas para construirmos o que chamamos da VERDADEIRA DEMOCRACIA, que em nossa visão, emana da vontade da base.
CLÉCIO MORSE
Diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e dirigente da FETEC/NE.