Metalúrgicos do ABC e montadoras fecham acordo
06/09/2008 - 14:36:54
FEM/CUT-SP e Sindicatos conquistam o melhor acordo do país: reajuste salarial de 11,01% e abono de R$ 1.450 em reunião que terminou às quatro horas da manhã deste sábado, dia 6 de setembro; aumento no piso de 12,6% é outra grande conquista da categoria
Valter Bittencourt
Trabalhadores participam de assembléia em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Depois de vários intervalos e pressões da Federação dos Metalúrgicos da CUT-SP para construir uma proposta econômica que contemplasse a categoria metalúrgica, a bancada das montadoras propôs: reajuste salarial de 11,01% (sendo 7,15% correspondente ao INPC acumulado de 1º de setembro de 2007 a 31 de agosto de 2008, acrescido de 3,6% de aumento real) que será concedido para os salários até o teto de R$ 7.500.
Confira aqui: Áudio e Vídeo
Ainda segundo a proposta, para os salários superiores ao teto (R$ 7.500) será incorporado o INPC de 7,15%, e acrescida a parcela fixa de R$ 289,30. O piso salarial foi reajustado e passou de R$ 1.110 para R$ 1.250, um acréscimo de 12,6%. O Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) também propôs o pagamento de um abono salarial único para todos os metalúrgicos nas Montadoras no valor de R$ 1.450, reivindicação da Federação, que será pago em 22 de setembro. Se somado ao abono, o aumento real chega a 5%, uma conquista histórica da categoria.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Carlos Alberto Grana, os representantes patronais perceberam mais uma vez que é preciso ter respeito pela categoria. "Não se brinca com os metalúrgicos. Pois sabiam que se não houvesse um acordo, na segunda-feira as linhas de montagem estariam completamente paradas", afirmou.
Metalúrgicos do ABC aprovam proposta
Após o encerramento da rodada de negociações, na manhã deste sábado (6), os trabalhadores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, lotaram a Rua João Basso, na frente do Sindicato, e em assembléia aceitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial oferecido pelos patrões, descartando o risco de greve, que havia sido planejada para a próxima segunda-feira. "Foi um valor bastante significativo", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre. A categoria ameaçava entrar em greve por tempo indeterminado caso um índice satisfatório de reajuste não fosse atingido.
"A expansão da indústria automobilística no último ano nos colocou em condições de buscar esse aumento dos salários", completou Nobre.
Já as negociações salariais continuam para fabricantes e trabalhadores do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). Na segunda-feira, haverá uma nova rodada de negociações entre patrões e representantes dos trabalhadores. Com isso, não estão descartadas manifestações em busca de um reajuste semelhante ao concedido para trabalhadores nas montadoras.
"A negociação foi exaustiva, mas o que importa é que a organização dos trabalhadores, que realizaram protestos e paralisações nas fábricas foi fundamental para construirmos uma proposta boa", disse o presidente da FEM/CUT-SP, Valmir Marques da Silva, o Biro Biro.
Formação e Avaliação - Sobre a reivindicação da FEM/CUT-SP de criar um fundo de formação cidadã, a bancada patronal não teve consenso sobre a proposta, no entanto, ofereceu o pagamento de um abono no valor de R$ 500 para os aprendizes em fase de Aprendizagem Teórica e para aqueles que já se encontram em fase de treinamento prático, o valor será de R$ 1.000.
No total, são 45 mil metalúrgicos que trabalham nas montadoras nas regiões do ABC e Taubaté e a data-base é 1º de setembro. Também participaram junto com a FEM da mesa de negociação com o Sinfavea os sindicatos metalúrgicos de São Carlos (CGTB), São Caetano do Sul e Tatuí (Força Sindical). Estes sindicatos também realizarão assembléias neste fim de semana e segunda-feira e, caso os trabalhadores aprovem a proposta econômica das Montadoras, os novos reajustes beneficiarão cerca de 15 mil metalúrgicos.
Valter Bittencourt - Imprensa CNM/CUT, com informações da FEM/CUT-SP
FEM/CUT-SP e Sindicatos conquistam o melhor acordo do país: reajuste salarial de 11,01% e abono de R$ 1.450 em reunião que terminou às quatro horas da manhã deste sábado, dia 6 de setembro; aumento no piso de 12,6% é outra grande conquista da categoria
Valter Bittencourt
Trabalhadores participam de assembléia em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Depois de vários intervalos e pressões da Federação dos Metalúrgicos da CUT-SP para construir uma proposta econômica que contemplasse a categoria metalúrgica, a bancada das montadoras propôs: reajuste salarial de 11,01% (sendo 7,15% correspondente ao INPC acumulado de 1º de setembro de 2007 a 31 de agosto de 2008, acrescido de 3,6% de aumento real) que será concedido para os salários até o teto de R$ 7.500.
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Ainda segundo a proposta, para os salários superiores ao teto (R$ 7.500) será incorporado o INPC de 7,15%, e acrescida a parcela fixa de R$ 289,30. O piso salarial foi reajustado e passou de R$ 1.110 para R$ 1.250, um acréscimo de 12,6%. O Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) também propôs o pagamento de um abono salarial único para todos os metalúrgicos nas Montadoras no valor de R$ 1.450, reivindicação da Federação, que será pago em 22 de setembro. Se somado ao abono, o aumento real chega a 5%, uma conquista histórica da categoria.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Carlos Alberto Grana, os representantes patronais perceberam mais uma vez que é preciso ter respeito pela categoria. "Não se brinca com os metalúrgicos. Pois sabiam que se não houvesse um acordo, na segunda-feira as linhas de montagem estariam completamente paradas", afirmou.
Metalúrgicos do ABC aprovam proposta
Após o encerramento da rodada de negociações, na manhã deste sábado (6), os trabalhadores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, lotaram a Rua João Basso, na frente do Sindicato, e em assembléia aceitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial oferecido pelos patrões, descartando o risco de greve, que havia sido planejada para a próxima segunda-feira. "Foi um valor bastante significativo", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre. A categoria ameaçava entrar em greve por tempo indeterminado caso um índice satisfatório de reajuste não fosse atingido.
"A expansão da indústria automobilística no último ano nos colocou em condições de buscar esse aumento dos salários", completou Nobre.
Já as negociações salariais continuam para fabricantes e trabalhadores do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). Na segunda-feira, haverá uma nova rodada de negociações entre patrões e representantes dos trabalhadores. Com isso, não estão descartadas manifestações em busca de um reajuste semelhante ao concedido para trabalhadores nas montadoras.
"A negociação foi exaustiva, mas o que importa é que a organização dos trabalhadores, que realizaram protestos e paralisações nas fábricas foi fundamental para construirmos uma proposta boa", disse o presidente da FEM/CUT-SP, Valmir Marques da Silva, o Biro Biro.
Formação e Avaliação - Sobre a reivindicação da FEM/CUT-SP de criar um fundo de formação cidadã, a bancada patronal não teve consenso sobre a proposta, no entanto, ofereceu o pagamento de um abono no valor de R$ 500 para os aprendizes em fase de Aprendizagem Teórica e para aqueles que já se encontram em fase de treinamento prático, o valor será de R$ 1.000.
No total, são 45 mil metalúrgicos que trabalham nas montadoras nas regiões do ABC e Taubaté e a data-base é 1º de setembro. Também participaram junto com a FEM da mesa de negociação com o Sinfavea os sindicatos metalúrgicos de São Carlos (CGTB), São Caetano do Sul e Tatuí (Força Sindical). Estes sindicatos também realizarão assembléias neste fim de semana e segunda-feira e, caso os trabalhadores aprovem a proposta econômica das Montadoras, os novos reajustes beneficiarão cerca de 15 mil metalúrgicos.
Valter Bittencourt - Imprensa CNM/CUT, com informações da FEM/CUT-SP
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