Tese da Articulação ao 21 CNFBB - 1a. parte

“Todos temos as nossas crises prediletas. São as crises dos valores, das pandemias, da demografia, da economia, da energia, da especulação financeira, da educação, da pasteurização cultural, de identidades, da banalização da vida, da miséria que explode no mundo, da falta de água que já atinge mais de um bilhão de pessoas. A questão não é mais a de escolher a crise que nos pareça mais ameaçadora. A verdadeira ameaça vem de uma convergência impressionante de tendências críticas, da sinergia de um conjunto de comportamentos até compreensíveis, mas profundamente irresponsáveis, e frequentemente criminosos, que assolam a nossa pequena espaçonave.”

Carlos Lopes, Ignacy Sachs, Ladislau Dowbor

Documento de referência para as atividades do núcleo Crises e Oportunidades no

Fórum Social Mundial Temático/Bahia – Janeiro de 2010

O ano 2010 é um ano diferenciado para o movimento dos trabalhadores e trabalhadoras, além de se comemorar 25 anos de redemocratização do Brasil, é um ano para decidir o futuro do Brasil e dos Estados da Federação para os próximos 4 anos.

Uma nova geração nasceu num clima de liberdade política e conviveu nos últimos 16 anos com a inflação sobre controle. Contudo ainda há imensos desafios e dificuldades a serem superadas para que a sociedade conviva com igualdade de oportunidades, desenvolvimento social e sustentabilidade.

Com a luta incansável e solidária dos bancários foi possível obter conquistas corporativas e sociais, desde 2003. Assim também as escolhas dos trabalhadores nas eleições de outubro, seja para cargos majoritários ou legislativos, influenciará no que chamamos de oportunidades de avançar ou na ameaça de resistir.

Por isso o Congresso é o momento adequado para a reflexão e o avanço. É hora de aproveitar o ano eleitoral e juntar os títulos de eleitor com as carteiras de trabalho e definir o apoio à candidata que representa a manutenção de um programa de governo que se compromete com a geração e distribuição de riqueza. Defendemos que este Congresso defina apoio à candidatura de Dilma Roussef.

Em 2010, para vencer nossos desafios devemos agir coletivamente, como classe, buscando a mobilização de cada trabalhador para garantir qualidade de vida nos locais de trabalho e na nossa vida cotidiana e, principalmente, vermos respeitados nossos direitos e acordos.