Tese da Articulação ao 21o. CNFBB - 5a. parte

CASSI



A CASSI foi atingida por uma gestão de política equivocada, sem ter dado solução aos problemas da rede credenciada (que se mantém insuficiente inclusive para atender a periferia das grandes capitais), ao atendimento desqualificado e de se credenciar ao papel de entidade com a prerrogativa de promoção, proteção e recuperação da saúde do trabalhador. O índice de reclamações tem aumentado constantemente e o Banco do Brasil trocou por várias vezes a diretoria indicada criando ainda mais problemas quanto à estabilidade e continuidade da gestão.

Política de prevenção ao surgimento, desencadeamento ou agravamento de doenças ocupacionais, endêmicas ou epidemiológicas, tem sido relegada a um segundo plano para que fosse possível trabalhar na busca pela estabilidade financeira da entidade, o que potencialmente deveria ser respondido pelo Banco do Brasil, cumprindo assim seu papel de responsabilidade sócio-ambiental com seus funcionários. A centralização da rede de pagamentos e a introdução de sistemas equivocados criaram outras dificuldades, provocando uma série de atrasos nos pagamentos aos credenciados e aos associados no regime de livre escolha. A imagem da CASSI foi seriamente abalada, levando ao descredenciamento de muitos profissionais.

É preciso resgatar a entidade, direcioná-la no cumprimento de seu papel buscando soluções que valorizem os funcionários do Banco do Brasil enquanto atendidos e os funcionários da entidade, enquanto trabalhadores dignos, em prol de um atendimento mais humano.

Outro fato inaceitável é a CASSI não ter se manifestado quanto à implantação do Plano Odontológico. Conquista da campanha salarial de 2008, até o momento não foi efetivado.

Sua implantação poderia gerar uma receita bruta da ordem de 25 milhões de reais ano, mas, apesar de já existirem estudos desde 2004, nem uma palavra foi dita pela direção na nossa Caixa de Assistência.

A falta de ação da CASSI levou o Banco a realizar estudos que concluíram que criar uma empresa para gerir o plano seria mais lucrativo e, com isso, o Banco deve criar outra Brasil para obter lucro enquanto a CASSI deixa de dar a assistência integral aos seus associados pela falta da saúde bucal.

Em janeiro deste ano, durante o debate sobre incorporações, os representantes dos trabalhadores na mesa temática de incorporações da Contraf/CUT, cobraram uma proposta global para resolver os problemas relacionados a plano de saúde e previdência complementar que atenda todos os funcionários dos bancos incorporados pela instituição.

A nossa proposta é que todos sejam migrados para os planos dos funcionários do BB (Cassi e PREVI) e, mais urgente e importante ainda, é que os funcionários que não haviam optado pelos planos de assistência ou previdência nos bancos de origem possam, imediatamente, ser atendidos pela rede credenciada da Cassi e participar do plano Previ Futuro. No caso dos participantes dos fundos já existentes, a proposição é de que os recursos passem para administração da Previ.

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