Tese da Articulação ao 21o. CNFBB - 8a. parte
Plano de Carreira, Cargos e salários (PCCS), Remuneração e Jornada
Os trabalhadores de todas as categorias são alvos de constantes ataques do patronato, operados numa lógica de redução de custos seja por meio da precarização das condições de trabalho ou das infindáveis reestruturações que buscam uma eficiência operacional fantasiosa, retiradas de projetos e planilhas copiados de outras empresas. Com tudo isso e somado os impactos da revolução tecnológica, que nunca é apropriada socialmente, os bancários foram mais atingidos nos anos 1990, época de implantação do projeto neoliberal.
Como um mero banco de mercado, o BB foi sofrendo uma adequação à realidade mercadológica de cartelização do preço dos salários, em conluio com as demais empresas do ramo financeiro, estabelecendo uma precificação por baixo.
A política de Gestão de Pessoas adotada no BB, jamais foi registrada em seus documentos porque estabelece o individualismo e a competição entre pares com a máxima de que cada um recebe aquilo que vale do ponto de vista do capital.
No início dos anos 2000, a implantação de um PCC, com a criação do VR, e remuneração por praça, nível e diferencial de mercado enterrou de vez o PCS, atacado em 1997, com a redução dos interstícios que já não fazem diferença para os comissionados e constituiu o encarreiramento excludente, considerando não haver espaço para o crescimento de todos quantos desejem, sendo o funcionalismo, com isso, estimulado a cobiçar o cargo do colega que trabalha ao lado, pois não há mais crescimento horizontal.
Os colegas mais “antigos” que não ambicionam crescimento por comissão e os acometidos de doença passam a ser considerados “pesos” e são solenemente desrespeitados e assediados para produzirem, recebendo o carimbo de mão-de-obra “acomodada” e “atrasada” frente ao moderno, como contrapartida aos anos dedicados ao banco.
Como único meio de ascender profissionalmente, a disputa por cargos comissionados desencadeou um processo de “guerra fratricida” na antiga “grande família Banco do Brasil”, além de estimular a bajulação e a subserviência. Os critérios de comissionamento forçam o trabalhador a ser um escravo do seu “chefe”, senão são dispensados por não serem de “sua” confiança. O profissionalismo mudou de nome.
A definição de perfil supostamente ideal de funcionário, que na moda atual é o de vendedor, é um critério subjetivo e manipulado pelos avaliadores de plantão. Essa prática impede que muitos profissionais qualificados de ascendam e por outro lado contribui para o assédio moral, para a discriminação de mulheres, negros, deficientes, delegados sindicais, entre outros casos, por não compactuarem com políticas excludentes e meramente de mercado.
A cultura do autoritarismo implantada nas superintendências quer moldelar o ser humano com uma “nova cara”, adequado às suas necessidades competitivas (internas). A empregabilidade aliada às perseguições políticas e ideológicas, ameaças de descomissionamentos e assédio moral vem demobilizando parte do funcionalismo refém de uma política salarial e de gestão de pessoas neoliberal.
A classe trabalhadora tem o dever alterar os rumos dessa política, primeiro abrindo os olhos do funcionalismo alienado e focado no puro encarreiramento, mostrando-lhe que as conquistas duradouras são as coletivas.
Fruto da campanha salarial de 2009 o Banco do Brasil instalou a mesa temática de Remuneração, cumprindo acordo coletivo para tratar sobre as questões relativas ao PCCS. Essa mesa tem o objetivo de informar e discutir com o Movimento Sindical, durante o primeiro semestre de 2010, dados e considerações sobre detalhes do plano atual como forma de subsidiar propostas consistentes.
O objetivo principal deve ser lutar pela implantação de um PCCS planejado que dê respostas e soluções às desigualdades e às distorções que o funcionalismo do BB sofre com o modelo atual, como, por exemplo, a perda do poder aquisitivo ou remuneração incoerente com sua formação técnica e o tempo a serviço do banco.
É necessário para a coesão de um plano de cargos, carreira e salários, eliminar a coexistência de várias categorias de funcionários garantindo a todos acesso ao processo de encarreiramento e ascensão profissional, por antiguidade e mérito.
O piso da tabela de cargos deve ter como base o salário mínimo do DIEESE, em abril de 2010,(equivalente a R$ 2.257,52). O crescimento no plano deve ser através de critérios de horizontais (mérito) e verticais (antiguidade) valorizando o interstício no PCS e no PCC. Para uma estabilidade no encarreiramento do comissionado na empresa é preciso que o crescimento por mérito seja incorporado à remuneração total anualmente.
Diante das alterações no mundo do trabalho bancário e no perfil de atuação da profissão, temos no bancário uma grande produtividade que precisa ser apropriada por uma melhor condição de trabalho dentro do plano. Isso tem ligação direta com a jornada empreendida. Devemos adotar a jornada de 6 horas para todos, sem redução dos salários.
Em decorrencia do processo de alteração da jornada é necessário acerto relativo às 7a e 8a horas.
Defendemos as premissas aprovadas no Encontro de dirigentes sindicais em 15 dezembro de 2009 e propomos a manutenção da mesa temática até 30 de junho, com a intensificação das mobilizações e paralisações parciais em todas as semanas até que o banco apresente propostas efetivas para resolver o problemas da jornada de 6 horas e revisão do PCCS e dos critérios de comissionamento e descomissionamento.
Os trabalhadores de todas as categorias são alvos de constantes ataques do patronato, operados numa lógica de redução de custos seja por meio da precarização das condições de trabalho ou das infindáveis reestruturações que buscam uma eficiência operacional fantasiosa, retiradas de projetos e planilhas copiados de outras empresas. Com tudo isso e somado os impactos da revolução tecnológica, que nunca é apropriada socialmente, os bancários foram mais atingidos nos anos 1990, época de implantação do projeto neoliberal.
Como um mero banco de mercado, o BB foi sofrendo uma adequação à realidade mercadológica de cartelização do preço dos salários, em conluio com as demais empresas do ramo financeiro, estabelecendo uma precificação por baixo.
A política de Gestão de Pessoas adotada no BB, jamais foi registrada em seus documentos porque estabelece o individualismo e a competição entre pares com a máxima de que cada um recebe aquilo que vale do ponto de vista do capital.
No início dos anos 2000, a implantação de um PCC, com a criação do VR, e remuneração por praça, nível e diferencial de mercado enterrou de vez o PCS, atacado em 1997, com a redução dos interstícios que já não fazem diferença para os comissionados e constituiu o encarreiramento excludente, considerando não haver espaço para o crescimento de todos quantos desejem, sendo o funcionalismo, com isso, estimulado a cobiçar o cargo do colega que trabalha ao lado, pois não há mais crescimento horizontal.
Os colegas mais “antigos” que não ambicionam crescimento por comissão e os acometidos de doença passam a ser considerados “pesos” e são solenemente desrespeitados e assediados para produzirem, recebendo o carimbo de mão-de-obra “acomodada” e “atrasada” frente ao moderno, como contrapartida aos anos dedicados ao banco.
Como único meio de ascender profissionalmente, a disputa por cargos comissionados desencadeou um processo de “guerra fratricida” na antiga “grande família Banco do Brasil”, além de estimular a bajulação e a subserviência. Os critérios de comissionamento forçam o trabalhador a ser um escravo do seu “chefe”, senão são dispensados por não serem de “sua” confiança. O profissionalismo mudou de nome.
A definição de perfil supostamente ideal de funcionário, que na moda atual é o de vendedor, é um critério subjetivo e manipulado pelos avaliadores de plantão. Essa prática impede que muitos profissionais qualificados de ascendam e por outro lado contribui para o assédio moral, para a discriminação de mulheres, negros, deficientes, delegados sindicais, entre outros casos, por não compactuarem com políticas excludentes e meramente de mercado.
A cultura do autoritarismo implantada nas superintendências quer moldelar o ser humano com uma “nova cara”, adequado às suas necessidades competitivas (internas). A empregabilidade aliada às perseguições políticas e ideológicas, ameaças de descomissionamentos e assédio moral vem demobilizando parte do funcionalismo refém de uma política salarial e de gestão de pessoas neoliberal.
A classe trabalhadora tem o dever alterar os rumos dessa política, primeiro abrindo os olhos do funcionalismo alienado e focado no puro encarreiramento, mostrando-lhe que as conquistas duradouras são as coletivas.
Fruto da campanha salarial de 2009 o Banco do Brasil instalou a mesa temática de Remuneração, cumprindo acordo coletivo para tratar sobre as questões relativas ao PCCS. Essa mesa tem o objetivo de informar e discutir com o Movimento Sindical, durante o primeiro semestre de 2010, dados e considerações sobre detalhes do plano atual como forma de subsidiar propostas consistentes.
O objetivo principal deve ser lutar pela implantação de um PCCS planejado que dê respostas e soluções às desigualdades e às distorções que o funcionalismo do BB sofre com o modelo atual, como, por exemplo, a perda do poder aquisitivo ou remuneração incoerente com sua formação técnica e o tempo a serviço do banco.
É necessário para a coesão de um plano de cargos, carreira e salários, eliminar a coexistência de várias categorias de funcionários garantindo a todos acesso ao processo de encarreiramento e ascensão profissional, por antiguidade e mérito.
O piso da tabela de cargos deve ter como base o salário mínimo do DIEESE, em abril de 2010,(equivalente a R$ 2.257,52). O crescimento no plano deve ser através de critérios de horizontais (mérito) e verticais (antiguidade) valorizando o interstício no PCS e no PCC. Para uma estabilidade no encarreiramento do comissionado na empresa é preciso que o crescimento por mérito seja incorporado à remuneração total anualmente.
Diante das alterações no mundo do trabalho bancário e no perfil de atuação da profissão, temos no bancário uma grande produtividade que precisa ser apropriada por uma melhor condição de trabalho dentro do plano. Isso tem ligação direta com a jornada empreendida. Devemos adotar a jornada de 6 horas para todos, sem redução dos salários.
Em decorrencia do processo de alteração da jornada é necessário acerto relativo às 7a e 8a horas.
Defendemos as premissas aprovadas no Encontro de dirigentes sindicais em 15 dezembro de 2009 e propomos a manutenção da mesa temática até 30 de junho, com a intensificação das mobilizações e paralisações parciais em todas as semanas até que o banco apresente propostas efetivas para resolver o problemas da jornada de 6 horas e revisão do PCCS e dos critérios de comissionamento e descomissionamento.
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