Sabe moço

LEOPOLDO RASSIER

Sabe moço que no meio do alvoroço
Tive um lenço no pescoço que foi bandeira pra mim
E andei por mil peleias em lutas brutas e feias
Desde o começo até o fim

Sabe moço depois das revoluções
Vi esbanjarem brasões prá caudilhos coronéis
Vi cintilarem anéis, assinatura em papéis
Honrarias para heróis

É duro moço, olhar agora prá história
E ver páginas de glórias e retratos de imortais
Sabe moço, fui guerreiro como tantos
Que andaram nos quatro cantos
Sempre seguindo um clarim

E o que restou, ah sim
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou prá mim

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