Centrais reivindicam desoneração de PLR e defesa do setor produtivo e de incentivo ao consumo


Ameaça das centrais

Correio Braziliense - 22/03/2012

As centrais sindicais que representam os trabalhadores em todo o Brasil prometeram radicalizar caso o governo não aprove propostas de defesa do setor produtivo e de incentivo ao consumo. O principal pedido é o fim da incidência do Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) paga aos empregados. Bancários, químicos, metalúrgicos e petroleiros anunciaram, nesta semana, uma série de manifestações e já ameaçam entrar em greve caso não haja avanços na pauta de reivindicações.

"Vamos enfrentar essa discussão na rua, pois o governo está lento, lerdo. As reuniões não andam, não avançam", reclamou o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e outras cinco centrais sindicais. De acordo com o deputado, o ministério calculou o impacto da desoneração da PLR em R$ 5 bilhões por ano. "Não concordamos. Nas nossas contas, seria R$ 1,8 bilhão de impacto para o governo, mas esse dinheiro iria para a economia", observou.

Na avaliação de Artur Henrique da Silva Santos, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a desoneração busca fortalecer o mercado interno. "É uma forma de colocar mais renda nos salários dos trabalhadores. A PLR foi criada para incentivar a produção e, agora, fazemos as negociações. Mas de 20% a 30% do valor ficam para o governo como forma de Imposto de Renda", afirmou. De acordo com Paulinho, o Ministério da Fazenda topou abrir negociação sobre a PLR. (CB)

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