Com Selic em queda, Caixa busca atrair cliente para bolsa
Autor(es): Karin Sato
Valor Econômico - 22/03/2012
A Caixa Econômica Federal lançou oficialmente ontem seu primeiro serviço de home broker, que permite a compra e a venda de ações pela internet, o "Ações Online Caixa".
O banco entrou no segmento de home broker em um momento delicado para o mercado de capitais. Isso porque, no ano passado, houve a primeira retração no número de investidores pessoa física, de 610.915 em 2010 para 583.202, o que não acontecia pelo menos desde 2002, de acordo com dados da BM&FBovespa. E esse número continua a recuar. Em fevereiro, a bolsa contava com 569.826 investidores de varejo.
Questionada sobre essa retração, a Caixa afirmou que acredita no crescimento do mercado de capitais. E um dos motivos é a perspectiva de uma Selic menor. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa básica de juros foi reduzida para 9,75% ao ano, o que afetou negativamente o retorno das aplicações em renda fixa.
"O mercado de capitais tem tudo para crescer. As taxas [de juros] estão caindo e vão permanecer baixas. Não é uma queda conjuntural, e sim de longo prazo", disse o vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da Caixa, Márcio Percival. "Além disso, havia uma demanda por parte de nossos clientes", acrescentou ele.
Percival afirmou ainda que a Caixa investiu no home broker porque a bolsa de valores é um instrumento fundamental para financiar projetos de longo prazo das empresas, principalmente em infraestrutura. "Sem esse instrumento, não faz sentido pensar em economia brasileira", disse. O investimento total no home broker ficou entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões. O serviço já estava sendo testado há 15 dias.
Inicialmente, o público a ser atingido são os correntistas atuais da Caixa, dentre os quais 500 mil têm o perfil dos investidores da bolsa de valores. "Estamos mirando principalmente o público com renda mensal de seis a dez salários mínimos", afirmou Percival. "Posteriormente, pretendemos ampliar a clientela para a nova classe média e pessoas que hoje não são correntistas", disse.
De acordo com informações que constam na página na internet do "Ações Online", as taxas de corretagem, que incidem sobre o total operado no dia, são de: R$ 0,75 para até R$ 200; 0,25% de R$ 200,01 a R$ 3 mil; 0,20% de R$ 3.000,01 a R$ 100 mil; 0,15%, de R$ 100.000,01 a R$ 200 mil; e 0,10%, acima de R$ 200 mil. No entanto, esses percentuais referem-se a uma promoção do banco, que vigora por tempo indeterminado. Não há investimento inicial mínimo.
O home broker é integrado ao Internet Banking Caixa, que hoje tem mais de 6 milhões de clientes cadastrados e um sistema de segurança sofisticado, de acordo com o gerente de clientes e negócios da Caixa, Fábio Pardo.
O banco público não abriu uma corretora nem tem essa perspectiva, por isso fechou parceria com duas corretoras, a Coinvalores e a Concórdia, que vão intermediar as operações. A Caixa vai repassar 15% da corretagem para elas. A plataforma é da CMA.
A meta inicial do banco é atingir um giro financeiro de R$ 500 milhões por mês por meio desse serviço e, dentro de quatro anos, se igualar ao home broker de grandes bancos, chegando a 50 mil clientes. "Hoje um banco de grande porte movimenta R$ 1,5 bilhão por mês com esse segmento", afirma o vice-presidente de finanças e mercado de capitais da Caixa, Márcio Percival.
Valor Econômico - 22/03/2012
A Caixa Econômica Federal lançou oficialmente ontem seu primeiro serviço de home broker, que permite a compra e a venda de ações pela internet, o "Ações Online Caixa".
O banco entrou no segmento de home broker em um momento delicado para o mercado de capitais. Isso porque, no ano passado, houve a primeira retração no número de investidores pessoa física, de 610.915 em 2010 para 583.202, o que não acontecia pelo menos desde 2002, de acordo com dados da BM&FBovespa. E esse número continua a recuar. Em fevereiro, a bolsa contava com 569.826 investidores de varejo.
Questionada sobre essa retração, a Caixa afirmou que acredita no crescimento do mercado de capitais. E um dos motivos é a perspectiva de uma Selic menor. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa básica de juros foi reduzida para 9,75% ao ano, o que afetou negativamente o retorno das aplicações em renda fixa.
"O mercado de capitais tem tudo para crescer. As taxas [de juros] estão caindo e vão permanecer baixas. Não é uma queda conjuntural, e sim de longo prazo", disse o vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da Caixa, Márcio Percival. "Além disso, havia uma demanda por parte de nossos clientes", acrescentou ele.
Percival afirmou ainda que a Caixa investiu no home broker porque a bolsa de valores é um instrumento fundamental para financiar projetos de longo prazo das empresas, principalmente em infraestrutura. "Sem esse instrumento, não faz sentido pensar em economia brasileira", disse. O investimento total no home broker ficou entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões. O serviço já estava sendo testado há 15 dias.
Inicialmente, o público a ser atingido são os correntistas atuais da Caixa, dentre os quais 500 mil têm o perfil dos investidores da bolsa de valores. "Estamos mirando principalmente o público com renda mensal de seis a dez salários mínimos", afirmou Percival. "Posteriormente, pretendemos ampliar a clientela para a nova classe média e pessoas que hoje não são correntistas", disse.
De acordo com informações que constam na página na internet do "Ações Online", as taxas de corretagem, que incidem sobre o total operado no dia, são de: R$ 0,75 para até R$ 200; 0,25% de R$ 200,01 a R$ 3 mil; 0,20% de R$ 3.000,01 a R$ 100 mil; 0,15%, de R$ 100.000,01 a R$ 200 mil; e 0,10%, acima de R$ 200 mil. No entanto, esses percentuais referem-se a uma promoção do banco, que vigora por tempo indeterminado. Não há investimento inicial mínimo.
O home broker é integrado ao Internet Banking Caixa, que hoje tem mais de 6 milhões de clientes cadastrados e um sistema de segurança sofisticado, de acordo com o gerente de clientes e negócios da Caixa, Fábio Pardo.
O banco público não abriu uma corretora nem tem essa perspectiva, por isso fechou parceria com duas corretoras, a Coinvalores e a Concórdia, que vão intermediar as operações. A Caixa vai repassar 15% da corretagem para elas. A plataforma é da CMA.
A meta inicial do banco é atingir um giro financeiro de R$ 500 milhões por mês por meio desse serviço e, dentro de quatro anos, se igualar ao home broker de grandes bancos, chegando a 50 mil clientes. "Hoje um banco de grande porte movimenta R$ 1,5 bilhão por mês com esse segmento", afirma o vice-presidente de finanças e mercado de capitais da Caixa, Márcio Percival.
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