Entre o choro e a indignação
Por falta de condições de trabalho no banco, esta semana vi dois colegas chorando durante a jornada. Os motivos, vários, levam não à pena, mas sim à indignação. Não são coitadas ou coitados, são profissionais explorados que manifestam os limites da dignidade humana, dignidade no trabalho. Na vida do bancário; sua ética, sua saúde mental e física, seu profissionalismo é atacado, de hora em hora, por desvirtuamentos nas relações do cotidiano na jornada de trabalho por conta de posturas impostas na empresa.
Além de se ter os sistemas e ferramentas de trabalho no banco virtualmente cobrando cumprimento de metas, vem de forma nefasta e abusiva outras cobranças, não normatizadas e individualizadas que levam o bancário e a bancária ao esgotamento emocional. As pessoas sofrem por pressão de outras que em cascata perpetuam a coisificação dos trabalhadores. E tudo com pensamento de curto prazo. Não se percebem alguns superintendentes, gerentes regionais, gerentes de agências como cobradores de pessoas e sim de coisas e resultados. Resultado; o bancário e a bancária estão adoecendo mais e aumentando as licenças no INSS. De acordo com atuação nossa na CONTRAF e na CUT no INSS divulgamos dados alarmantes; mais de 1200 afastamos de bancários em média por mês, metade por problemas físicos e a outra metade por problemas emocionais. Não é nada razoável um cenário grave destes.
A narrativa dos colegas leva uma visualização descritiva da ocorrência de forma que podemos reproduzi-la em várias lugares e situações. Não é pontual. É a forma da empresa e seus responsáveis de organizar e tratar os trabalhadores. O que ouvi foi;
Considero que esse negócio de pressão do empregador de Mais, Mais, Mais só termina em Menos, Menos, Menos. O que aumenta é a indignação do trabalhador e a atuação do Sindicato enfrentando o banco. Mas continuando, lembro de outra coisa que ouvi dos colegas;
Antes que algum leitor que não é bancário ou bancária me pergunte se isto é texto de ficção, lamento dizer que não. São diárias as denúncias que o Sindicato recebe desse tipo de tratamento. Continuamos fazendo nossas reivindicações, manifestações, atos, paralisações, greves, negociações, convenções e acordos sobre saúde e condições de trabalho. Mas falta ao banco cumprir as leis, normas, acordos e convenções.
Mais uma vez, cada um de nós, devemos tomar decisão. Temos nossas defesas, mais individualmente não temos solução, por isso coletivamente temos nosso Sindicato. Nosso papel enquanto trabalhadores é perceber a importância de nossa organização, mobilização, representação e negociação para enfrentarmos e mudarmos este cenário. Infelizmente, alerto que esta luta não começou agora e nem vai terminar agora. Muito já foi feito, mas muito ainda há de se fazer. O setor que mais lucra neste país não pode continuar tratando seus trabalhadores desta forma. Juntos somos fortes.
Estamos cobrando do banco; queremos o fim da pressão abusiva por cumprimento de metas e mais saúde ao trabalhador. Merecemos respeito.
Além de se ter os sistemas e ferramentas de trabalho no banco virtualmente cobrando cumprimento de metas, vem de forma nefasta e abusiva outras cobranças, não normatizadas e individualizadas que levam o bancário e a bancária ao esgotamento emocional. As pessoas sofrem por pressão de outras que em cascata perpetuam a coisificação dos trabalhadores. E tudo com pensamento de curto prazo. Não se percebem alguns superintendentes, gerentes regionais, gerentes de agências como cobradores de pessoas e sim de coisas e resultados. Resultado; o bancário e a bancária estão adoecendo mais e aumentando as licenças no INSS. De acordo com atuação nossa na CONTRAF e na CUT no INSS divulgamos dados alarmantes; mais de 1200 afastamos de bancários em média por mês, metade por problemas físicos e a outra metade por problemas emocionais. Não é nada razoável um cenário grave destes.
A narrativa dos colegas leva uma visualização descritiva da ocorrência de forma que podemos reproduzi-la em várias lugares e situações. Não é pontual. É a forma da empresa e seus responsáveis de organizar e tratar os trabalhadores. O que ouvi foi;
"além do sistema me monitorar online, tempo de atendimento, resultados registrados e metas diárias, mensais e anuais; vem meu chefe, meu gerente e pergunta de meia em meia hora - E aí, já fez mais, já fez mais, porque não faz mais?" -
Considero que esse negócio de pressão do empregador de Mais, Mais, Mais só termina em Menos, Menos, Menos. O que aumenta é a indignação do trabalhador e a atuação do Sindicato enfrentando o banco. Mas continuando, lembro de outra coisa que ouvi dos colegas;
"mensagem de celular de hora em hora questionando ou motivando assim - se não tiver resultado tem consequência!"
Antes que algum leitor que não é bancário ou bancária me pergunte se isto é texto de ficção, lamento dizer que não. São diárias as denúncias que o Sindicato recebe desse tipo de tratamento. Continuamos fazendo nossas reivindicações, manifestações, atos, paralisações, greves, negociações, convenções e acordos sobre saúde e condições de trabalho. Mas falta ao banco cumprir as leis, normas, acordos e convenções.
Mais uma vez, cada um de nós, devemos tomar decisão. Temos nossas defesas, mais individualmente não temos solução, por isso coletivamente temos nosso Sindicato. Nosso papel enquanto trabalhadores é perceber a importância de nossa organização, mobilização, representação e negociação para enfrentarmos e mudarmos este cenário. Infelizmente, alerto que esta luta não começou agora e nem vai terminar agora. Muito já foi feito, mas muito ainda há de se fazer. O setor que mais lucra neste país não pode continuar tratando seus trabalhadores desta forma. Juntos somos fortes.
Estamos cobrando do banco; queremos o fim da pressão abusiva por cumprimento de metas e mais saúde ao trabalhador. Merecemos respeito.
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