O Conflito da Solidariedade

A cultura do funcionalismo do Banco do Brasil está em cheque. E tem tudo a ver com as nuances da última negociação entre a Contraf-cut, CoeBB e a empresa. Explico: a estratégia do BB em apostar que o interesse imediato e individualista se sobreporia a capacidade de mobilização do movimento sindical obteve exito. Sei que não adianta ser dantesco, porem, quando nossas soluções convergem em sua maioria para este tipo de imediatismo entre dinheiro no bolso agora com exclusão ou amanhã com todos é o retrato que me impulsiona a lutar contra ele. A vontade da maioria é respeitada. A PLR foi paga no ultimo dia 20, para todos, modulo fixo e variavel, mas o modulo variavel para que estava substituindo comissionamentos durante a greve de 2006 nao sera efetivado. Para a maioria que decidiu neste momento isto não ser mais importante do que uma proposta em que niguem sera discriminado, exatamente por lutar por seus direitos, é a raiz do problema. A cultura organizacional e trabalhista sofreu com a decada passada um processo de acirramento da competição extinção da solidariedade. Se este pragmatismo individualista estiver mesmo impregnado nos funcionários do BB nesta campanha salarial de 2007, estaremos em disputa com nós mesmos e faremos o jogo patronal, a divisão, a exlusão de quem luta e acima de tudo, o endurecimento dos corações e mentes acerca do próximo.