Em Piquet Carneiro nem o padre foi poupado em roubo
Piquet Carneiro
Tiago Braga
tiagobraga@opovo.com.br
02 Jun 2010 - 03h40min
tiagobraga@opovo.com.br
02 Jun 2010 - 03h40min
Mais uma agência bancária do Interior foi alvo da ação de criminosos. Na tarde de ontem, três homens armados assaltaram o Banco do Brasil do município de Piquet Carneiro, distante 332 quilômetros da Capital. O grupo agiu com violência, rendendo clientes, funcionários e o vigilante. Na fuga, os bandidos usaram o carro de um padre, que estava estacionado em frente ao banco. Eles obrigaram um dos gerentes a dirigir o veículo.
Segundo a Polícia, o padre foi o primeiro a ser rendido. Ele tinha acabado de sair da agência bancária e estava entrando em seu veículo, um Cross Fox preto. Os assaltantes apontaram a arma para o sacerdote e entraram com ele na agência. ``Foram logo anunciando o assalto e mandando os clientes se deitarem``, informa o delegado Carlos Teófilo, que está investigando o caso. Segundo ele, havia cinco clientes no local.
Em seguida, um dos assaltantes atirou contra a porta giratória do banco. O vidro quebrou e os bandidos conseguiram entrar na área onde ficam os caixas e o cofre. ``Eles chegaram no momento em que o cofre estava sendo aberto``, diz o delegado. O valor obtido com o crime não foi divulgado pela Polícia. Além do dinheiro do banco, os assaltantes levaram R$ 500,00 de um cliente que iria realizar depósito, além do revólver e colete do vigilante.
Os bandidos chegaram à agência bancária em um Gol vermelho, com placa de São Paulo. Mas, na hora da fuga, optaram pelo carro do padre. Os assaltantes mandaram o sacerdote ficar dentro da agência e entregaram a chave do Cross Fox ao gerente do banco, que foi obrigado a dirigir o veículo. O subgerente também foi feito refém e entrou no carro.
``Cerca de sete quilômetros depois, os assaltantes soltaram um dos gerentes, que tem problema de coração. Mais na frente, o grupo avistou uma viatura da Polícia Militar. O carro parou e eles desceram, fugindo pelo matagal``, conta o delegado. Os policiais saíram em busca dos bandidos, mas não conseguiram localizá-los. Até a noite de ontem, nenhum deles havia sido encontrado.
Segundo os moradores da cidade, durante a fuga os bandidos chegaram a atirar para o alto. Um dos tiros foi em frente a uma escola estadual. ``Foi para intimidar mesmo. Está todo mundo transtornado com o que aconteceu``, conta um comerciante, que pede para não ser identificado.
As quadrilhas que atuam no Interior costumam agir com violência, aterrorizando as cidades. Um exemplo foi o assalto a dois bancos na cidade de Pedra Branca, em janeiro deste ano. Gerente e clientes foram usados como escudos humanos na fuga do grupo. Segundo relatos de moradores, teriam sido efetuados mais de 50 disparos. Onze integrantes da quadrilha que assaltou Pedra Branca foram presos pela Polícia Federal no mês passado, no Maranhão.
E-Mais
>Neste ano, sete agências bancárias foram assaltadas no Interior: em Orós, Saboeiro, Nova Russas, Palhano, Senador Pompeu, Banabuiú e Pedra Branca. No ano passado, a Polícia registrou 12 assaltos em todo o Ceará, sendo 10 no Interior.
>O último registro foi no dia 3 de maio, em uma agência do Banco do Brasil em Orós. Cinco homens armados com fuzis e escopetas comandaram a ação. Eles usavam máscaras de monstro.
>A porta giratória do banco foi derrubada com os tiros. No interior da agência, clientes e funcionários se deitaram. Alguns gritavam, outros choravam. Fora do banco, a população se refugiava atrás de postes e veículos. Algumas pessoas foram agredidas com coronhadas, chutes e socos pelos assaltantes.
>Dois vigilantes, que foram feitos reféns, foram liberados depois, em uma estrada carroçável. A quadrilha levou todo o dinheiro que era destinado ao pagamento de servidores públicos e pensionistas. A gerência do banco não divulgou o valor levado pelos assaltantes.
Segundo a Polícia, o padre foi o primeiro a ser rendido. Ele tinha acabado de sair da agência bancária e estava entrando em seu veículo, um Cross Fox preto. Os assaltantes apontaram a arma para o sacerdote e entraram com ele na agência. ``Foram logo anunciando o assalto e mandando os clientes se deitarem``, informa o delegado Carlos Teófilo, que está investigando o caso. Segundo ele, havia cinco clientes no local.
Em seguida, um dos assaltantes atirou contra a porta giratória do banco. O vidro quebrou e os bandidos conseguiram entrar na área onde ficam os caixas e o cofre. ``Eles chegaram no momento em que o cofre estava sendo aberto``, diz o delegado. O valor obtido com o crime não foi divulgado pela Polícia. Além do dinheiro do banco, os assaltantes levaram R$ 500,00 de um cliente que iria realizar depósito, além do revólver e colete do vigilante.
Os bandidos chegaram à agência bancária em um Gol vermelho, com placa de São Paulo. Mas, na hora da fuga, optaram pelo carro do padre. Os assaltantes mandaram o sacerdote ficar dentro da agência e entregaram a chave do Cross Fox ao gerente do banco, que foi obrigado a dirigir o veículo. O subgerente também foi feito refém e entrou no carro.
``Cerca de sete quilômetros depois, os assaltantes soltaram um dos gerentes, que tem problema de coração. Mais na frente, o grupo avistou uma viatura da Polícia Militar. O carro parou e eles desceram, fugindo pelo matagal``, conta o delegado. Os policiais saíram em busca dos bandidos, mas não conseguiram localizá-los. Até a noite de ontem, nenhum deles havia sido encontrado.
Segundo os moradores da cidade, durante a fuga os bandidos chegaram a atirar para o alto. Um dos tiros foi em frente a uma escola estadual. ``Foi para intimidar mesmo. Está todo mundo transtornado com o que aconteceu``, conta um comerciante, que pede para não ser identificado.
As quadrilhas que atuam no Interior costumam agir com violência, aterrorizando as cidades. Um exemplo foi o assalto a dois bancos na cidade de Pedra Branca, em janeiro deste ano. Gerente e clientes foram usados como escudos humanos na fuga do grupo. Segundo relatos de moradores, teriam sido efetuados mais de 50 disparos. Onze integrantes da quadrilha que assaltou Pedra Branca foram presos pela Polícia Federal no mês passado, no Maranhão.
E-Mais
>Neste ano, sete agências bancárias foram assaltadas no Interior: em Orós, Saboeiro, Nova Russas, Palhano, Senador Pompeu, Banabuiú e Pedra Branca. No ano passado, a Polícia registrou 12 assaltos em todo o Ceará, sendo 10 no Interior.
>O último registro foi no dia 3 de maio, em uma agência do Banco do Brasil em Orós. Cinco homens armados com fuzis e escopetas comandaram a ação. Eles usavam máscaras de monstro.
>A porta giratória do banco foi derrubada com os tiros. No interior da agência, clientes e funcionários se deitaram. Alguns gritavam, outros choravam. Fora do banco, a população se refugiava atrás de postes e veículos. Algumas pessoas foram agredidas com coronhadas, chutes e socos pelos assaltantes.
>Dois vigilantes, que foram feitos reféns, foram liberados depois, em uma estrada carroçável. A quadrilha levou todo o dinheiro que era destinado ao pagamento de servidores públicos e pensionistas. A gerência do banco não divulgou o valor levado pelos assaltantes.
Você acha que os bancos e o governo estão investindo em segurança ou nos devem mais segurança?
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