CUT afirma que não perdeu sindicato dos metroviários
O Viomundo reproduziu uma nota do jornal Valor Econômico sobre a vitória da Conlutas (ligada ao PSTU) na disputa pela direção do sindicato dos metroviários de São Paulo. A propósito, especulamos (com uma interrogação) se um dia a CUT não seria vista como o setor “conservador” do sindicalismo. A título de esclarecimenhto dos leitores, a Central Única dos Trabalhadores respondeu:
Em relação à matéria do Valor Econômico divulgada pelo Viomundo, gostaríamos de esclarecer que a CUT não perdeu a direção dos metroviários de São Paulo, como divulgado equivocadamente por este site.
Diante disso, cabem os seguintes esclarecimentos:
1. Até então, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo era dirigido por militantes da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), incluindo o presidente nacional daquela central, Wagner Gomes.
2. Desde a sua fundação, em 1983, nossa Central, a CUT tem se caracterizado por registrar os maiores índices de sindicalização, garantir os mais altos índices de reajustes salariais, bem como os melhores acordos e convenções coletivas. Sem demérito para ninguém, nos orgulhamos de nossa trajetória de independência e autonomia frente aos partidos e governos, prática que revolucionou a história do movimento sindical brasileiro e que tem se demonstrado correta.
3. Após a eleição do presidente Lula, a CUT não deixou em momento algum de organizar greves e mobilizações, o que significou a ampliação da sua base de representação.
4. Neste período, muito longe de uma orientação sectária e excludente, ampliamos o leque de ação junto às demais centrais e conquistamos o maior acordo coletivo do mundo, materializando uma política de valorização do salário mínimo, reconhecida como fundamental para o combate às desigualdades e essencial no enfrentamento à crise internacional.
5. Para citar só alguns exemplos mais recentes, estivemos com a Apeoesp à frente da greve dos professores paulistas – taxada de “política” pelo governo tucano; lideramos com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) paralisações e mobilizações contra a direção da Petrobrás, em defesa da valorização profissional, combatendo a precarização e as terceirizações; apoiamos e organizamos em conjunto com as entidades cutistas diversas greves do funcionalismo público federal, estadual e municipal, e lutamos ombro a ombro com a Federação Estadual dos Metalúrgicos de São Paulo (FEM/CUT), que conquistou o maior índice de reajuste salarial da sua história. Neste momento, estamos empenhados, junto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) em fazer com que os bancos redistribuam parte dos recursos que têm amealhado da sociedade brasileira.
Em nome da nossa amizade, bem como da justiça e da verdade, seria importante que o Viomundo esclarecesse os seus leitores sobre o equívoco comentário a respeito de um pretenso braço “conservador” em nossas fileiras.
Atenciosamente,
Vágner Freitas
Executiva Nacional da CUT
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